Akuntsu: Sem esperança de prosseguir

De  acordo com um senso feito pela FUNAI em 2012, os Akuntsu não passam de cinco indivíduos, residentes no sudoeste de Rondônia, em uma pequena reserva que antes era uma fazenda particular, interditada no final dos anos 1980. Assim como outras reservas em Rondônia, essa é constantemente ameaçada pelos agropastoris.
  Poucas são as informações certas que temos dessa tribo, pois seu contato oficial veio por volta de 1995 e antes disso só foram citadas apenas uma vez no livro de Frans Caspar intitulado Tupari. Nesse livro o relato é muito pequeno, sem muitas explicações, acredita-se que as informações tenham chegado até ele por intermédio de outros índios e que não tiveram coragem de visitar uma tribo tão peculiar como a dos Akuntsu.
  Hoje os cinco membros sobreviventes constituem um dos menores grupos étnicos do Brasil, sua história não é diferente das demais daquela localidade. Foram massacrados e tiveram suas terras usurpadas pelos brancos, data-se de cerca de 1980 o derradeiro conflito com os fazendeiros da região. Exterminaram praticamente uma tribo inteira para usurpar as terras, deixando apenas sete sobreviventes que conseguiram escapar. Desses sete sobreviventes, uma morreu por ser muito velha e outra em um acidente, quando uma tempestade derrubou uma árvore por cima da habitação que estava, sobrando apenas cinco pessoas dessa etnia. Os traumas desse massacre ainda hoje são sentidos pelos sobreviventes, o líder da tribo, Kunibu, só chega perto de outras pessoas após fazer seus rituais de benzimentos.
  Em relação ao artesanato, eles demonstram um gosto apurado, produzem cerâmicas e potes, produzem também um saco de fibras de tucum que pode ser um grande sinal de contato com outras tribos. Também fabricam muitos adornos corporais, apenas a arte plumária não é muito explorada, tendo apenas narigueiras produzidas com penas de arara. Antes mesmo do contato com a FUNAI eles já utilizavam adornos feitos com plástico e os estimavam muitos, pois significava que conseguiram a partir de alguma luta com os brancos bem sucedidas ou com pilhagens. Por eles também são produzidas flautas em taquara que tem belas melodias. Tanto os homens quanto as mulheres utilizam tangas, artefato muito comum em diversas tribos da região.
  A alimentação é baseada na caça, coleta e roça, sendo que a caça é o mais importante pois é algo que não falta na região. Pelo desmatamento ao redor, os animais se abrigam nas terras dos Akuntsu, favorecendo a fartura na alimentação deles. O alimento que eles mais apreciam são os porcos-do-mato.





  Infelizmente não encontrei nenhum vídeo em português, mas creio que não vá dificultar tanto o entendimento.

 

Fonte de informação:

PIB 

Um comentário:

  1. muito bom o blog, eu me interesso muito por essa tribo e é uma tremenda tristeza a situação a qual ela se encontra.

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