Poucas são as
informações certas que temos dessa tribo, pois seu contato oficial veio por
volta de 1995 e antes disso só foram citadas apenas uma vez no livro de Frans
Caspar intitulado Tupari. Nesse livro o relato é muito pequeno, sem muitas
explicações, acredita-se que as informações tenham chegado até ele por
intermédio de outros índios e que não tiveram coragem de visitar uma tribo tão
peculiar como a dos Akuntsu.
Hoje os cinco
membros sobreviventes constituem um dos menores grupos étnicos do Brasil, sua
história não é diferente das demais daquela localidade. Foram massacrados e
tiveram suas terras usurpadas pelos brancos, data-se de cerca de 1980 o
derradeiro conflito com os fazendeiros da região. Exterminaram praticamente uma
tribo inteira para usurpar as terras, deixando apenas sete sobreviventes que
conseguiram escapar. Desses sete sobreviventes, uma morreu por ser muito velha
e outra em um acidente, quando uma tempestade derrubou uma árvore por cima da
habitação que estava, sobrando apenas cinco pessoas dessa etnia. Os traumas
desse massacre ainda hoje são sentidos pelos sobreviventes, o líder da tribo,
Kunibu, só chega perto de outras pessoas após fazer seus rituais de
benzimentos.
Em relação ao
artesanato, eles demonstram um gosto apurado, produzem cerâmicas e potes,
produzem também um saco de fibras de tucum que pode ser um grande sinal de
contato com outras tribos. Também fabricam muitos adornos corporais, apenas a
arte plumária não é muito explorada, tendo apenas narigueiras produzidas com penas
de arara. Antes mesmo do contato com a FUNAI eles já utilizavam adornos feitos
com plástico e os estimavam muitos, pois significava que conseguiram a partir
de alguma luta com os brancos bem sucedidas ou com pilhagens. Por eles também
são produzidas flautas em taquara que tem belas melodias. Tanto os homens
quanto as mulheres utilizam tangas, artefato muito comum em diversas tribos da
região.
A alimentação é
baseada na caça, coleta e roça, sendo que a caça é o mais importante pois é
algo que não falta na região. Pelo desmatamento ao redor, os animais se abrigam
nas terras dos Akuntsu, favorecendo a fartura na alimentação deles. O alimento
que eles mais apreciam são os porcos-do-mato.
Infelizmente não encontrei nenhum vídeo em português, mas creio que não vá dificultar tanto o entendimento.
Fonte de informação:
muito bom o blog, eu me interesso muito por essa tribo e é uma tremenda tristeza a situação a qual ela se encontra.
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